Dicas e Roteiros de Viagem pela Irlanda do Norte
Conforme explicamos no post sobre o Reino Unido, a Irlanda do Norte (ou Ulster) é um dos estados que compõe essa nação e o único fora da ilha da Grã-Bretanha, fazendo fronteira ao sul com a República da Irlanda. Possui uma população de quase 2 milhões de habitantes, sendo mais de 300 mil em Belfast, sua capital.
Desde o final do século XVI, os ingleses, engajados pelo projeto imperialista, travaram inúmeros conflitos que resultaram, em 1801, na fusão da ilha da Irlanda com a Grã-Bretanha, formando o Reino Unido. Esses intensos conflitos provocaram a migração de mais de 250 mil pessoas durante o século XVIII para as colônias britânicas nos Estados Unidos.
No entanto, a parcela da população que desejava manter-se vinculada ao Reino Unido (unionista) era minoritária em praticamente toda a Irlanda, à exceção do norte. A consequência foi um conflito entre os irlandeses e os ingleses, que resultou, em 1921, na criação da República Livre da Irlanda, cabendo ao Norte aderir ou não. Como possuía maioria a favor da manutenção do domínio britânico, estava criada a Irlanda do Norte.
Passada a 2ª Guerra Mundial, inúmeros conflitos e discriminações ocorreram entre 1969 e 2001, entre a minoria nacionalista e católica – que desejava fazer parte da República da Irlanda – e a maioria unionista (protestante!), vitimando mais de 50 mil pessoas, com milhares de mortos. Durante esse período, o grupo paramilitar IRA tornou-se famoso pela violência praticada visando a independência da Irlanda do Norte e unificação com a Irlanda.
Felizmente, em 1998, depois de 30 anos de confrontos, foi assinado o Acordo de Belfast, com o reconhecimento que a Irlanda do Norte permanecerá parte do Reino Unido até que a maioria da população vote pelo contrário. No ano seguinte, um aditivo constitucional foi feito na Constituição da República da Irlanda, para retirar artigos que promoviam a unificação das Irlandas e acrescentar que tal unificação apenas ocorreria se ambas assim desejarem.
O Reino Unido (e, assim, a Irlanda do Norte) fez parte do que se tornou a União Europeia (UE) desde 1973, mas sua moeda continuou sendo a libra esterlina. No entanto, em 2016, a maioria votou pela saída do país do bloco, o que ainda não ocorreu em definitivo. Portanto, as regras de imigração continuam as mesmas, ou seja, assim como nos demais países do bloco, não existe necessidade de visto para permanência menor do que 90 dias nem vacinação obrigatória para brasileiros, mas o controle de fronteiras sempre foi mais rigoroso do que no restante da UE.
Os idiomas oficiais são o inglês e o irlandês, e ambos utilizados em todas as placas públicas. No entanto, não se desespere, todos falam inglês! O fuso horário é de mais 3 horas em relação a Brasília, variando conforme o horário de verão. O clima é o temperado marítimo, com baixa variação entre a média do inverno (6,5ºC) e do verão (17,5ºC), e o tempo é muito instável, sendo comum dias nublados, com chuvas ao longo de todo o ano e neve no inverno.
Pelo pequeno tamanho e proximidade com a Irlanda e Grã-Bretanha, geralmente o roteiro inclui cidades dos demais países. Dessa forma, o deslocamento pode ser de carro, trem, ônibus, barco ou avião, não existindo voos diretos a partir do Brasil.
Estivemos na Irlanda do Norte em março de 2015 durante uma viagem de carro muito especial pelas principais regiões e cidades do Reino Unido e República da Irlanda:
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