Patagônia Chilena: Punta Arenas, a porta de entrada
Conforme explicamos no post do Chile, na nossa última visita ao país, após o passeio pelo maravilhoso Atacama, seguimos para Punta Arenas (com conexão em Santiago), uma cidade no extremo sul chileno de mais de 120 mil habitantes à beira do Estreito de Magalhães.
Estabelecida como um colônia penal em 1843 com o objetivo de manter a soberania chilena na região, Punta Arenas teve um crescimento econômico às custas da criação de ovelhas e, antes da construção do Canal do Panamá, pela relevância na navegação entre o Pacífico e o Atlântico. Atualmente é um dos principais pontos de embarque para as expedições para a Antártida e para o turismo na Patagônia.
Veja nosso guia para a região:
Qual a melhor época para ir para a Patagônia Chilena?
O clima é sempre frio, com dias muito longos e mais amenos no verão. Além disso, todos os passeios e parques funcionam normalmente, diferente do inverno. Por isso, é o período mais recomendado para a viagem. No entanto, justamente por isso é a época mais movimentada, o que tira um pouco a maravilhosa sensação de estar “sozinho no meio do nada”. Por outro lado, chove um pouco mais e muito da neve das montanhas que tanto encanta, já se foi! Assim, é uma questão de escolha. Na nossa opinião, outubro (fomos em meados de setembro!) é o melhor mês.
Quanto tempo ficar em Punta Arenas (e na Patagônia Chilena)?
Conforme descrevemos no roteiro abaixo, Punta Arenas é apenas uma cidade de passagem para Puerto Natales e o parque Torres del Paine. O centro histórico é bem compacto e o principal atrativo é a visita aos pinguins. Portanto, meio dia será suficiente para conhecer Punta Arenas.
No entanto, a visita provavelmente os outros dois destinos e, por isso, o tempo mínimo na região recomendado é 3 dias e meio, mas o ideal são 5 a 7 dias conforme descrevemos e explicamos nos demais posts.
Como chegar em Punta Arenas (e na Patagônia Chilena)?
Como a maior parte dos viajantes conhece esses locais separadamente, o aeroporto de Punta Arenas, a 20km do centro da cidade, é a principal porta de entrada para conhecer a Patagônia Chilena a partir de Santiago, com exceção do período da alta temporada (dezembro a fevereiro), quando a LATAM disponibiliza voos diretos para Puerto Natales.
A maneira mais fácil de chegar ao centro é de táxi. No entanto, a principal decisão é como será feita a viagem ao restante da Patagônia: carro, ônibus ou transfer fornecido pelo hotel (no caso dos all-inclusive que explicamos melhor no post do Torres del Paine). Optamos pelo aluguel de carro e não nos arrependemos – ficamos totalmente livres para circular entre as cidades e, sobretudo, dentro do parque! A distância para Puerto Natales (250km em 3h) é a única muito grande, mas a estrada é excelente. Já de Puerto Natales para o parque é curta, mas metade é em uma boa estrada de terra com pedrinhas.
Onde ficar em Punta Arenas?
Na primeira passagem não dormimos na cidade, mas na volta, como nosso voo era bem cedo e sairíamos no final do dia do parque (ou seja, seria apenas um pernoite), optamos pelo bem simples e antigo, mas muito bem localizado três estrelas Hotel Plaza!
Existem algumas opções de hotéis na cidade (veja todas aqui). Recomendamos Outras opções são: o cinco estrelas Hotel Dreams del Estrecho ou o quatro estrelas Hotel Cabo de Hornos.
O que fazer? Roteiro!
Como chegamos às 6h da manhã, fomos direto para o centro da cidade e visitamos os três principais pontos turísticos, começando pelo Cemitério Municipal Sara Braun, que lembra muito o da Recoleta em Buenos Aires – caixões expostos e túmulos extremamente ornamentados e até mesmo pequenas capelas!
Em seguida, estacionamos no centro para visitar a Plaza de Armas Muñoz Gamero, com destaque para os prédios no entorno: Prefeitura, Catedral e o Palácio Sara Braun. Um detalhe é a estátua em homenagem a Fernão de Magalhães, português que descobriu o estreito que leva seu nome e cujas águas banha a cidade. Segundo a lenda, deve-se tocar (ou beijar) o pé do índio que fica na base à direita da estátua para retornar à cidade.
As ruas da cidade são super agradáveis. Aproveitamos para caminhar um pouco em direção à orla e contemplar (sob forte vento!) o entorno. No centro existem inúmeros museus ligados à história de colonização e desenvolvimento regional, como o do Palácio Sara Braun.
De volta ao carro, fomos à Zona Franca da cidade, um gigantesco complexo de lojas que vendem desde pilhas a eletrodomésticos sem impostos. Não compramos nada, mas alguns itens tinham preços excelentes!
Seguimos para Puerto Natales, onde dormiríamos e faríamos um passeio, antes da tão esperada estadia dentro do Parque Torres del Paine. Não fizemos a visita às Pinguineras na Isla Magdalena, porque ainda estavam fechadas (não se esqueça de conferir se estarão abertas antes de viajar!).
Gostou do roteiro e das dicas? Faça suas reservas pelas caixas de pesquisa na lateral, nos links ao longo do post ou clique para reservas de hospedagem no Booking. Você não paga nada a mais por isso e nos ajuda a manter o site. Obrigado!